“Todo conhecimento começa num sonho.O conhecimento nada mais é quea aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada.Mas sonhar é coisa que não ensina.Brota das profundezas da terra.Como mestre só posso então lhe dizer uma coisa:Conte-me seus sonhos para que sonhemos juntos”.
(Rubem Alves)

25.12.10

Os jardins suspensos no espaço


Astronautas que irão para Marte poderão plantar comida na nave

por Tiago Mali
Esqueça o feijãozinho germinado no espaço pelo primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, há quatro anos. O projeto de viajar a Marte em 2030 reacendeu o interesse da Nasa pelas plantas, mas estamos falando aqui de hortas capazes de alimentar astronautas durante um ano e meio. De olho nos quase US$ 2 bilhões a mais que a Agência Espacial Americana vai receber do governo Obama a partir de janeiro do ano que vem, a empresa Orbitec testa a Veggie, uma espécie de estufa hi-tech para que os astronautas façam uma horta dentro da nave espacial. 


“A maior dificuldade é a falta de gravidade. Quando você planta alguma coisa em gravidade zero, ela cresce para qualquer lado e fica difícil de controlar”, diz Paul Zamprelli, diretor de negócios da Orbitec. Foi exatamente o que aconteceu com o brotinho de Pontes e com outros experimentos da Estação Espacial Internacional nos últimos anos. Para contornar o problema, os cientistas agora usam um LED azul especialmente desenvolvido para que a planta siga na direção da luz e outro vermelho, que estimula a fotossíntese. 
A frequência e a proximidade das fontes de luz em relação ao broto são calculadas com precisão para atingir o máximo de cada período de desenvolvimento do vegetal. Também são testados a quantidade exata de nutrientes (que ficam numa mistura fluida, e não na terra) e de água. “Nossa preocupação é otimizar a velocidade. Uma semente de milho, que demoraria quatro meses para crescer, pode atingir a maturidade em 30 dias com o nosso sistema”, afirma Zamprelli, que acrescenta não haver restrições com relação ao tipo de vegetal plantado. 
Fonte: GALILEU

Os testes anteriores efetuados no espaço (muitos pela própria Orbitec) consumiam recursos em excesso (energia para a luz, espaço físico e água), tornando a produção em escala inviável. O Veggie, que ainda aguarda aprovação da Nasa para ser mandado à estação espacial, foi mostrado num encontro de engenheiros da agência em setembro, consumindo apenas 130 watts (equivalente a duas lâmpadas comuns) para o sistema de iluminação. O equipamento mostrado ocupa um cantinho semelhante a um puff de decoração, mas, de acordo com Zamprelli, poderia ter de alcançar o tamanho de um campo de futebol para alimentar uma tripulação inteira. Mas isso, assim como a plantação em solo lunar ou marciano, não é visto pela empresa como inviável. 

Um comentário:

  1. Olá, Marjory!
    Para essa exploração humana ao planeta Marte, penso que, devemos nos mirar nos fatos da história aonde são relatados, a estratégia que as civilizações passadas usavam, antes de empreenderem uma jornada (exploratória?) para outros lugares distantes do seu habitat. Por exemplo: na África do sul, o problema maior era a imensidão do deserto Kalahari a ser vencida, solução: antes da partida o caminho a ser trilhado foi préviamente "atapetado" com provisões de comida seca e água guardada em cascas de ovo de avestruz, cuidadosamente acondicionadas e enterradas. Mais tarde, no período das grandes navegações, as esquadras usavam navios de provisões, não é mesmo? Então, vejo que a saída, embora de forma moderna, terá que desenvolver estratégias similares. Talvez, um misto delas, i. é: Naves "fazendeiras" previamente lançadas e/ou naves cargueiras "fazendeiras" seguindo na missão da 1ª viagem de exploração ( e colonização?) do planeta vermelho.
    [1]!!!!!

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