Queridos amigos, como sabem estive em férias, viajando! Prometi novidades ao voltar. Bom, não dá nem pra descrever as incríveis aventuras que vivi e as interessantes descobertas que fiz. Pra começar, lhes mostro o vídeo sobre o divino balé das luas de Saturno e por fim, lhes conto a triste história da cintilante constelação de Lyra, a qual pude conhecer em visita a ela.
Espero que gostem. Beijos estrelados!
Orfeu era filho da musa Calíope e do deus-rio Eagro. Cresceu entre as musas, aprendeu a música e a poesia dos deuses. Seu canto era tão suave que as feras o seguiam, mansas e preguiçosas e as árvores se inclinavam para ouvi-lo melhor. Menino ainda, conheceu a Ninfa Eurídice, filha de Apolo. De mãos dadas, corriam pelos campos sonhando com o dia do casamento. E este dia tão esperado já estava próximo quando Aristeu (Aristeu, apicultor, filho de Apolo) viu a noiva de Orpheu a brincar entre as flores.
Uma paixão louca foi-se instalando no seu coração. Um dia ele não aguentou e aproximou-se dela.
Espero que gostem. Beijos estrelados!
Orfeu era filho da musa Calíope e do deus-rio Eagro. Cresceu entre as musas, aprendeu a música e a poesia dos deuses. Seu canto era tão suave que as feras o seguiam, mansas e preguiçosas e as árvores se inclinavam para ouvi-lo melhor. Menino ainda, conheceu a Ninfa Eurídice, filha de Apolo. De mãos dadas, corriam pelos campos sonhando com o dia do casamento. E este dia tão esperado já estava próximo quando Aristeu (Aristeu, apicultor, filho de Apolo) viu a noiva de Orpheu a brincar entre as flores.
Uma paixão louca foi-se instalando no seu coração. Um dia ele não aguentou e aproximou-se dela.
Eurídice fugiu, perseguida por Aristeu. Correu e não viu a serpente enorme enroscada entre as plantas. A picada foi quase indolor e não entendeu quando a morte que corria nas suas veias enfraqueceu as suas pernas e obrigou-a a cair no tapete florido.
O pobre Orpheu abandonou-se à dor. O pranto de sua lira encheu os campos e subiu ao Olimpo
- Muito bem – disse Plutão, depois de ouvir as súplicas de Orpheu. – Permito que a sua noiva o acompanhe, mas imponho uma condição: irás à frente e ela te seguirá e, por motivo nenhum, poderá olhar para trás ou perderá-la-hás para sempre.
- Muito bem – disse Plutão, depois de ouvir as súplicas de Orpheu. – Permito que a sua noiva o acompanhe, mas imponho uma condição: irás à frente e ela te seguirá e, por motivo nenhum, poderá olhar para trás ou perderá-la-hás para sempre.
Orpheu deixou o salão denso de brumas cheio de esperanças e procurou a estrada que levava às portas de Hades. Mal deu os primeiros passos, sentiu que estava a ser seguido. Passos leves e tímidos seguiam-no, mas nada conseguia ver com os cantos dos olhos. Não se voltou. A felicidade que sentia era imensa. Eurídice estava ali atrás e sairia com ele. As lembranças ferviam na sua cabeça e ele apegava-se a elas para resistir à tentação de olhar para trás. E juntamente com ela, apareceu também Aristeu, apaixonado, tentando tocá-la, tentando possuí-la.
- E se a serpente não a tivesse picado? – pensou ele subitamente. – Teria ela resistido aos encantos de Aristeu? – procurou lembrar-se do olhar de Eurídice e viu-o cheio de paixão. – Por ele ou por Aristeu?
O ciúme se instalou na sua alma.
- Preciso saber – disse baixinho – preciso ter certeza do brilho de paixão que vi nos olhos dela na última vez em que me contemplou. Se eu pudesse ver os seus olhos novamente...
- Preciso saber – disse baixinho – preciso ter certeza do brilho de paixão que vi nos olhos dela na última vez em que me contemplou. Se eu pudesse ver os seus olhos novamente...
Foi saudade, a dúvida ou o ciúme que fez Orpheu olhar para trás? Nem mesmo ele soube dizer. Quando deu por si, estava estático, a ver a imagem de Eurídice diluir-se no ar. E a última coisa que se apagou foi o brilho da paixão que acendia os seus olhos...
Mergulhado no seu sofrimento, Orpheu não quis mais nenhum contato com mulheres e isolou-se no seu meio à sua dor. Reuniu os jovens da cidade e, a portas fechadas, realizavam ritos mágicos.
Indagavam as ninfas:
- Que será de nós, se os nossos homens não querem mais o amor das mulheres?
- Que será de nós, se os nossos homens não querem mais o amor das mulheres?
- A culpa é do Orpheu, aquele louco, que jamais aceitou a morte da noiva e não consegue amar outra mulher!
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