“Todo conhecimento começa num sonho.O conhecimento nada mais é quea aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada.Mas sonhar é coisa que não ensina.Brota das profundezas da terra.Como mestre só posso então lhe dizer uma coisa:Conte-me seus sonhos para que sonhemos juntos”.
(Rubem Alves)

31.1.10


Veja os próximos eventos astronômicos que ocorrerão nos próximos 2 meses em nosso sistema solar: Data e hora (UTC-3) Efeméride
07/02/2010 às 18h29 Conjunção Lua - Antares: Alinhamento entre a Lua e a estrela Antares.

12/02/2010 às 05h55 Conjunção Lua - Mercúrio: Alinhamento entre a Lua e o planeta Mercúrio.

13/02/2010 às 02h06 Apogeu da Lua: Máxima distância entre a Terra e a Lua (400 mil km).

21/02/2010 às 18h32 Conjunção Lua - Plêiades: Alinhamento entre a Lua e as Plêiades.

26/02/2010 às 14h03 Conjunção Lua - Presépio: Alinhamento entre a Lua e o aglomerado Presépio.

27/02/2010 às 21h40 Perigeu da Lua: Mínima distância entre a Terra e a Lua (360 mil km).

07/03/2010 às 01h32 Conjunção Lua - Antares: Alinhamento entre a Lua e a estrela Antares.

12/03/2010 às 10h07 Apogeu da Lua: Máxima distância entre a Terra e a Lua (400 mil km).
20/03/2010 às 17h32 Equinócio de Março: Começa a Outono.

21/03/2010 às 00h08 Conjunção Lua - Plêiades: Alinhamento entre a Lua e as Plêiades.

25/03/2010 às 13h57 Conjunção Lua - Marte: Alinhamento entre a Lua e o planeta Marte.

25/03/2010 às 23h06 Conjunção Lua - Presépio: Alinhamento entre a Lua e o aglomerado Presépio.

28/03/2010 às 04h56 Perigeu da Lua: Mínima distância entre a Terra e a Lua (360 mil km).
Datas calculadas pelos astrônomos da NASA Fred Espenak e Sumit Dutta (NASA GSFC).

The Known Universe by AMNH

O Museu de História Natural dos Estados Unidos criou um vídeo em que resume tudo o que os cientistas já mapearam no Universo, com o intuito de mostrar que o planeta Terra não passa de uma poeirinha flutuante. A sequência de imagens se inicia em um plano aéreo das montanhas do Himalaia, na Ásia, e vai subindo, subindo… Mostra a Via Láctea e, no fim, a uma distância de 13,7 bilhões de anos-luz, os quasares, os objetos mais distantes já vistos aqui de nosso planetinha. A animação foi vista 1,5 milhão de vezes.


Telescópio detecta buraco negro gigante engolindo estrela

Representação artística do buraco negro entrelaçado com a estrela /imagem: Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês)
O telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), detectou em outra galáxia o buraco negro mais distante já encontrado.

O corpo celeste está acompanhado por uma estrela que, em breve, será engolida pelo próprio buraco negro.
Este buraco negro foi encontrado em uma galáxia em formato de espiral, chamada NGC 300, a seis milhões de anos luz da Terra.
"Esta é o buraco negro de massa estelar mais distante já pesado, e é o primeiro que vemos fora de nossa vizinhança galáctica, o Grupo Local (grupo de galáxias que inclui a Via-Láctea)", afirmou Paul Crowther, professor de astrofísica na Universidade de Sheffield, Grã-Bretanha, e um dos autores do estudo.
O parceiro do buraco negro é uma estrela do tipo Wolf-Rayet, que também tem uma massa cerca 20 vezes a massa do Sol. As Wolf-Rayet são estrelas que já estão perto do fim de suas vidas e expulsam a maior parte de suas camadas superiores para a região que as cerca antes de explodirem como supernovas, com seus núcleos implodindo para formar buracos negros.
Dança

As informações coletadas pelo telescópio do ESO mostram que o buraco negro e a estrela Wolf-Rayet dançam um em volta do outro em períodos de 32 horas.
"Este é, sem dúvida, um 'casal íntimo'. Como um sistema com uma ligação tão forte foi formado ainda é um mistério", afirmou um dos colaboradores da pesquisa Robin Barnard.
Baseados nestes sistemas, os astrônomos conseguem ver uma conexão entre a massa do buraco negro e a química das galáxias.
"Notamos que os maiores buracos negros tendem a ser encontrados em galáxias menores que contem menos elementos químicos pesados", afirmou Paul Crowther.
"Galáxias maiores, que são mais ricas em elementos pesados, como a Via Láctea, apenas produzem buracos negros de massas menores."
Os astrônomos acreditam que uma maior concentração de elementos químicos pesados influencia como uma grande estrela evolui, aumentando a quantidade de matéria que perde, o que resulta em um buraco negro menor quando os restos da estrela finalmente entram em colapso.
Fonte: BBC

30.1.10

Nasa abandona tentativas de fuga para rover marciano preso

Após seis anos de exploração sem precedentes no Planeta Vermelho, o rover Spirit da NASA deixa de ser um robot móvel. A NASA designou o explorador científico como uma plataforma científica estática depois de esforços infrutíferos, durante os últimos meses, para o libertar de uma armadilha de areia
A tarefa principal do robot venerável durante as próximas semanas será a de colocar-se num ângulo apropriado para combater o severo inverno marciano. Se o Spirit sobreviver, continuará a recolher dados científicos a partir da sua localização final. A missão do Spirit poderá continuar durante vários meses ou anos.
"O Spirit não está morto; apenas entrou noutra fase da sua longa vida," disse Doug McCuistion, director do Programa de Exploração de Marte na sede da NASA em Washington. "Dissémos o ano passado ao mundo que as tentativas de libertar o adorado robot poderiam não ter sucesso. Parece que a localização actual do Spirit em Marte será também o seu local de repouso final."
O Spirit caíu nesta armadilha, e a equipa do rover desenhou planos para tentar libertar o veículo de seis rodas usando as cinco rodas que ainda funcionavam.
As tentativas de deslocação mais recentes foram as que tiveram melhores resultados desde que o Spirit ficou preso.
No seu ângulo actual, o Spirit provavelmente não terá energia suficiente para continuar a comunicar com a Terra durante o Inverno marciano. Mesmo uns poucos graus de melhoramento na inclinação fazem já a diferença para permitir a comunicação a cada alguns dias."
"A sobrevivência do Spirit durante o Inverno dependerá da temperatura e de quão frios estarão os componentes electrónicos do veículo," disse John Callas, gestor do projecto Spirit no JPL e do seu rover gémeo, Opportunity.
O Spirit e o Opportunity aterraram em Marte em Janeiro de 2004. Exploram o nosso vizinho planetário há já seis anos, muito, muito mais do que o planeado (uma missão com 90 dias). O rover Opportunity está actualmente a viajar na direcção de uma grande cratera denominada Endeavour e continua a fazer descobertas científicas. Já percorreu aproximadamente 19 quilómetros e enviou de volta mais de 133.000 imagens.
Esta animação com duas imagens ajuda à avaliação da NASA durante um teste no 2.147.º "sol" (16 de Janeiro de 2010).
Crédito: NASA/JPL-Caltech
Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.- Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."

- Criar laços?

- Exactamente, disse a raposa.
Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Se tu me cativas, a minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos fazem-me entrar debaixo da terra. O teu chamará-me-á para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... Cativa-me! Disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. (...)
Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mau-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto (... )
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
 - Ah! Eu vou chorar.
 - A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa (...)
 Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é única no mundo.
 Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativaste a ninguém. Sois como era minha raposa. Era uma igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Agora ela é única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. (...). É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa: - Adeus, disse ele... - Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
 - O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar. -Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante.
-Foi o tempo que perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não deve esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa... - eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.


Todos nós gostamos do Google Earth. Mas agora, a última edição é o Google Mars. É um projeto do Google para a visualização da superfície de Marte. Você poderá visualizar o planeta vermelho de três formas: as imagens nítidas das fotos tiradas pela NASA, ou em infravermelho ou ainda o relevo do planeta
Além disso, podemos explorar o Planeta Vermelho uma visão única dele todo. O projeto foi concluído com a ajuda da NASA, que forneceu as imagens a partir do seu várias missões ao planeta vermelho.

Cique na imagem abaixo para baixar o programa:
Um ótima viagem pra vc!!!!!

Onde está Marte no meio dessa água toda?

Nossa, quanta água caindo lá do alto!!!
Este céu todo encapado de nuvens cinzentas, impede nossos olhos de furar a atmosfera tira de dentro da gente a alegria de observar o planeta vermelho...
Além do mais, a lua não mostra sua face e o manto negro da noite não brilha com seus pontos cintilantes... fica apneas negro, pesado... úmido... gelado...
Onde está nosso céu??
Gosto da chuva! Descendo e dançando pelos ares, lavando tudo e levando embora a sujeira do mundo...
mas sinto falta do meu céu perfurado de pontos brilhantes e planetas bailantes...
Vc não sente??









Bom, com esse excesso de água por aki, fico pensando se poderíamos emprestar um pouco para o nosso vizinho vermelho né!
Será que em Marte existe  pelo menos um pouquinho dessas gotinhas refrescantes que nos inundam?
Para compensar nossos olhos de não terem visto Marte por esses dias raiando no céu e para tirar nossas dúvidas se lá existe algum H²O, resolvi presentear vocês, queridos amigos, com esse lindo vídeo sobre o enferrujado vizinho (talvez tenha se enferrujado com água num passado distante).
Um enorme beijo a todos!

25.1.10

Marte em oposição

PREPAREM-SE PARA A GRANDE ATRAÇÃO DO MÊS DE JANEIRO!!!

O planeta Marte está perto da Terra

A cada 26 meses a Terra passa entre Marte e o Sol. Os astrônomos chamam isso de “oposição” porque, visto da Terra, Marte surge no céu do lado oposto ao Sol.

Na próxima quarta-feira, dia 27 de janeiro, Marte alcançará a distância de 99 milhões de quilômetros da Terra. Isso se deve justamente ao fato de que Marte está em seu periélio (o ponto da órbita que está mais perto do Sol) e a Terra próxima de seu afélio (o ponto da órbita que está mais distante do Sol).

Nestas alturas a Terra está mais próxima de Marte
Já houve momentos em que Marte esteve com uma distância ainda menor (as últimas foram assim), mas isso não impede a sua observação.

Até a noite de 29 de janeiro de 2010 Marte brilhará no alto do céu por volta da meia-noite.
Ele nasce à Leste, logo após o pôr-do-sol (consulte um mapa do céu).

MARTE PODE SER VISTO A OLHO NU todos os anos, mas em 2003
ele esteve exepcionalmente mais brilhante. Foi a maior aproximação
entre o Planeta Vermelho e a Terra em exatos 59.619 anos!

A olho nu, é fácil perceber a luminosidade vermelho-alaranjada de Marte. Porém, longe das luzes urbanas e com o uso de binóculos ou telescópio a visão de Marte se torna deslumbrante.
A lua pode atrapalhar um pouco pois entrará em sua fase cheia e seu brilho estará reluzente no céu!
Qual a chance de acontecer de novo?

Até o distante ano 3000 vão acontecer 15 oposições periélicas. A melhor delas será em 2729, quando Marte ficará a 55.651.000 quilômetros da Terra (melhor que em 2003). A próxima oposição periélica acontece em julho de 2018.
Para aproveitar melhor o evento e se sentir um verdadeiro marciano, vc pode participar da SEMANA MARCIANA. Para mais detalhes, clique na imagem (folder) abaixo e acesse o site. BONS CÉUS!!!

22.1.10

A beleza de ÓRION vista dos dois hemisférios da Terra.


Cenas captadas pelo astrofotógrafo iraniano Babak Tafreshi mostram a constelação de Órion como vista nos dois hemisférios. Crédito: Nasa/Apod/Babak

Em gramática, a palavra constelação significa o coletivo de estrelas, mas para os astrônomos é uma região do céu composta de qualquer objeto celeste, mesmo que não tenha qualquer relação entre si, bastando estar na mesma área quando vistos da Terra. Ao todo existem 88 constelações, sendo 44 no hemisfério norte e 44 no hemisfério sul, com algumas delas visíveis em ambos os hemisférios.
Por estarem próximas à linha do equador terrestre, as constelações visíveis nos dois hemisférios recebem o nome de equatoriais e entre as mais conhecidas estão Órion, Cão Maior, Cão Menor e Pégasus, entre outras. De todas elas, a mais familiar é sem dúvida a constelação de Órion, onde desde pequenos aprendemos a reconhecer as "Três Marias", inseridas dentro de um grande retângulo.
Acima das Três Marias - Mintaka, Alnilam e Alnitak - a constelação abriga a nebulosa M42. Distante 1500 anos-luz da Terra, a nebulosa é uma gigantesca região de formação estelar, onde enormes massas gasosas são submetidas a altíssimas pressões e temperaturas e começam a brilhar, dando origem a novas estrelas.
A constelação não é vista da mesma maneira nos dois hemisférios e à medida que nos afastamos da região equatorial os objetos em seu interior mudam de posição. Em alguns casos a diferença é tanta que tudo em seu interior parece estar invertido.
A imagem acima mostra claramente o fenômeno, retratando o céu noturno em duas regiões diferentes do planeta. Apesar de ambas as cenas terem sido feitas no mês de dezembro, a constelação de Órion aparece totalmente invertida em cada um dos hemisférios. À imagem da esquerda foi feita no hemisfério sul, em uma praia da Ilha de Bruny, na costa da Tasmânia, na Austrália, enquanto a cena da direita retrata o mesmo céu visto a partir das montanhas Alborz, no norte do Irã, no hemisfério norte.
Nas cenas, a inversão é quase absoluta. A nebulosa M42, que para nós no Brasil aparece acima das Três Marias, é vista no hemisfério norte acima delas. O longo braço horizontal que liga Belatrix ao outro grupo de estrelas aparece também completamente invertido em ambas as fotos.

Experimente!
Apesar de apresentarem essa inversão aparente devido à diferença de latitude em que as fotos foram feitas, nenhuma das estrelas de fato mudou de posição, mas sem dúvida nos proporcionou uma interessante observação a partir de um ponto de vista diferente do habitual, tornando a constelação de Órion ainda mais bela.
Se você quiser ver a constelação de Órion da mesma forma que os moradores do hemisfério norte, a notícia é boa e não precisará gastar nenhum dinheiro para isso. Basta ficar de cabeça para baixo e contemplar o céu. O problema é que seus vizinhos e amigos poderão achar que você não anda muito bom da cabeça, mas isso não fará a menor diferença. Bons céus!

Bom, a foto que se mostra no cabeçalho desta postagem é do astrofotógrafo iraniano Babak Tafreshi. É um dos maiores fotógrafos na área da Astronomia (se não for o melhor). Em 2009, tive o ENORME PRAZER em trabalhar com ele um evento de Astronomia no Rio de Janeiro.
Além de ser um grande fotógrafo é uma grande pessoa. É um privilégio estar entre gigantes.
Verifique as fotos abaixo:
Marcomedi (ON) e seu rapazito, eu, Babak Tafreshi e Noeli
Noeli, Anousheh Ansari.(astronauta iraniana), Eu e Babak
Babak

14.1.10

Astrônomos dizem que planetas habitáveis devem ser encontrados em até 5 anos

Astrônomos dizem que estão prestes a encontrar planetas como a Terra orbitando outras estrelas, um passo-chave para determinar se nós estamos sozinhos no Universo.
Um importante oficial da Nasa (agência espacial norte-americana) e outros importantes cientistas dizem que, dentro de quatro ou cinco anos, eles devem descobrir o primeiro planeta similar à Terra onde a vida poderia se desenvolver, ou já se desenvolveu.

Na conferência anual da Sociedade Astronômica Norte-Americana, que aconteceu nesta semana, cada descoberta envolvendo os assim chamados "exoplanetas", aqueles planetas de fora do nosso Sistema Solar, apontam para a mesma conclusão: planetas como a Terra, em que a vida pode se desenvolver, são provavelmente abundantes, apesar do violento Universo de estrelas explosivas, buracos negros esmagadores e galáxias em colisão.
Kepler, o novo telescópio da Nasa, e uma riqueza de novas pesquisas no repentinamente quente e competitivo campo dos exoplanetas gerou discussões notáveis na conferência.

Sozinhos?
Cientistas falam sobre estar em um "ponto especialmente incrível na História", próximos de responder uma questão que perseguiu a humanidade desde o início da civilização.

"A pergunta fundamental é: Nós estamos sozinhos? Pela primeira vez, há otimismo de que, em algum momento de nosso tempo de vida, vamos conseguir responder esta questão." É o que diz Simon "Pete" Worden, astrônomo que lidera o Centro de Pesquisas Ames da Nasa. "Se eu fosse de apostar, e eu sou, apostaria que nós não estamos sozinhos, que há muita vida [pelo Universo]", completa ele.

Caça-planetas
O centro de pesquisas do cientista é responsável pelo telescópio Kepler, que está fazendo um intenso censo planetário de uma pequena parte da galáxia. Diferentemente do telescópio espacial Hubble, que é um instrumento genérico, o Kepler é especializado em busca de planetas.

Seu único instrumento é um sensor que verifica a luminosidade de mais de 100 mil estrelas ao mesmo tempo, atento a qualquer coisa que bloqueie essa luz. Isso frequentemente significa um planeta passando em frente à estrela.
Os pesquisadores estão encontrando exoplanetas em uma velocidade muito grande. Nos anos de 1990, eles encontravam cerca de um par de novos planetas por ano. Mas por quase toda a última década, já se chegou a um par desses planetas por mês. E neste ano, os planetas estão sendo encontrados em uma base diária, graças ao telescópio Kepler.
O número de exoplanetas descobertos já passou bem dos 400. Mas nenhum deles tem os componentes certos para a vida. Isso está para mudar, dizem os especialistas. "Com o Kepler, nós temos fortes indicações de planetas menores em grande quantidade, mas eles ainda não foram verificados", diz Geoff Marcy, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ele é um dos "pais" da área de estudos para a caça a planetas e um cientista do telescópio Kepler.
No entanto, há uma grande dificuldade। A maioria dos primeiros candidatos a exoplanetas encontrados pelo telescópio Kepler estão agora sendo identificados como outra coisa। Ao invés de planetas, por exemplo, percebeu-se, que eram na verdade uma estrela cruzando o ponto de vista do telescópio, diz Bill Borucki, um dos mais importantes cientistas do Kepler.
Alvos
Imagem do telescópio Kepler mostra espaço em que se buscam planetas similares à Terra
O Kepler se concentra em uma região do céu noturno, explorando mais de 100 mil estrelas. Suas distâncias vão de algumas centenas a milhares de anos-luz de distância. Assim, esses planetas são muito distantes para se chegar em viagens, e não podem ser vistos diretamente como os planetas de nosso Sistema Solar.
Se houver um objeto como a Terra na área em que o Kepler está investigando, o telescópio vai encontrá-lo, diz Marcy. Mas pode levar três anos para confirmar a trajetória orbital do planeta.
Quando o telescópio Kepler olhou para as 43 mil estrelas que são quase do mesmo tamanho de nosso Sol, os cientistas descobriram que praticamente dois terços delas parecem ser tão "amigáveis e não-violentas" para a vida quanto essa nossa mais próxima estrela.

8.1.10

Museu da Amazônia constrói "planetário indígena" em Manaus

Equipamento mostra como índios interpretam as constelações.
Astronomia é usada no dia-a-dia dos povos da floresta

A partir de janeiro, quem visitar a capital do Amazonas poderá enxergar o céu de outra maneira. O Museu da Amazônia (Musa) acaba de construir um planetário para mostrar como diferentes grupos indígenas interpretam as estrelas.
“O mesmo céu era visto de forma distinta por cada etnia. Cada uma tinha seus mitos”, conta o astrônomo Germano Afonso, do Musa, que estuda a relação entre as culturas indígenas e os astros. “Eles faziam a leitura do céu para regular o cotidiano, a caça, a pesca. Pelo céu, eles sabem quando vai haver uma estiagem ou um pequeno período de chuva.”
Cinco monitores indígenas já foram treinados pelo museu para explicar como seus povos interpretavam as estrelas.
A sala onde os astros serão projetados tem formato cilíndrico, preparado para mostrar o céu da forma como é visto pelos povos amazônicos, que estão próximos ao Equador. Segundo o astrônomo, todos os equipamentos usados no planetário – incluindo os softwares de projeção – foram desenvolvidos na capital amazonense.

As instalações foram construídas na Reserva Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), onde também está sendo construída a sede do Musa.

7.1.10

Estou de volta!!!!!!!!!

Queridos amigos, como sabem estive em férias, viajando! Prometi novidades ao voltar. Bom, não dá nem pra descrever as incríveis aventuras que vivi e as interessantes descobertas que fiz. Pra começar, lhes mostro o vídeo sobre o divino balé das luas de Saturno e por fim, lhes conto a triste história da cintilante constelação de Lyra, a qual pude conhecer em visita a ela.
Espero que gostem. Beijos estrelados!






História da Constelação de LyRa

Orfeu era filho da musa Calíope e do deus-rio Eagro. Cresceu entre as musas, aprendeu a música e a poesia dos deuses. Seu canto era tão suave que as feras o seguiam, mansas e preguiçosas e as árvores se inclinavam para ouvi-lo melhor. Menino ainda, conheceu a Ninfa Eurídice, filha de Apolo. De mãos dadas, corriam pelos campos sonhando com o dia do casamento. E este dia tão esperado já estava próximo quando Aristeu (Aristeu, apicultor, filho de Apolo) viu a noiva de Orpheu a brincar entre as flores.
Uma paixão louca foi-se instalando no seu coração. Um dia ele não aguentou e aproximou-se dela.
Eurídice fugiu, perseguida por Aristeu. Correu e não viu a serpente enorme enroscada entre as plantas. A picada foi quase indolor e não entendeu quando a morte que corria nas suas veias enfraqueceu as suas pernas e obrigou-a a cair no tapete florido.
O pobre Orpheu abandonou-se à dor. O pranto de sua lira encheu os campos e subiu ao Olimpo
- Muito bem – disse Plutão, depois de ouvir as súplicas de Orpheu. – Permito que a sua noiva o acompanhe, mas imponho uma condição: irás à frente e ela te seguirá e, por motivo nenhum, poderá olhar para trás ou perderá-la-hás para sempre.
Orpheu deixou o salão denso de brumas cheio de esperanças e procurou a estrada que levava às portas de Hades. Mal deu os primeiros passos, sentiu que estava a ser seguido. Passos leves e tímidos seguiam-no, mas nada conseguia ver com os cantos dos olhos. Não se voltou. A felicidade que sentia era imensa. Eurídice estava ali atrás e sairia com ele. As lembranças ferviam na sua cabeça e ele apegava-se a elas para resistir à tentação de olhar para trás. E juntamente com ela, apareceu também Aristeu, apaixonado, tentando tocá-la, tentando possuí-la.

- E se a serpente não a tivesse picado? – pensou ele subitamente. – Teria ela resistido aos encantos de Aristeu? – procurou lembrar-se do olhar de Eurídice e viu-o cheio de paixão. – Por ele ou por Aristeu?

O ciúme se instalou na sua alma.
- Preciso saber – disse baixinho – preciso ter certeza  do brilho de paixão que vi nos olhos dela na última vez em que me contemplou. Se eu pudesse ver os seus olhos novamente...
Foi saudade, a dúvida ou o ciúme que fez Orpheu olhar para trás? Nem mesmo ele soube dizer. Quando deu por si, estava estático, a ver a imagem de Eurídice diluir-se no ar. E a última coisa que se apagou foi o brilho da paixão que acendia os seus olhos...
Mergulhado no seu sofrimento, Orpheu não quis mais nenhum contato com mulheres e isolou-se no seu meio à sua dor. Reuniu os jovens da cidade e, a portas fechadas, realizavam ritos mágicos.
Indagavam as ninfas:
- Que será de nós, se os nossos homens não querem mais o amor das mulheres?
- A culpa é do Orpheu, aquele louco, que jamais aceitou a morte da noiva e não consegue amar outra mulher!
E uma noite, as mulheres, revoltadas, atacaram Orpheu, despedaçaram o seu corpo e lançaram os seus pedaços no rio. A sua lira subiu aos céus e transformou-se numa constelação e a sua alma foi para os Campos Elíseos, cantar para os Bem-Aventurados.

3.1.10

Queridos amigos

Infelizmente ficarei uns dias sem postar. Aff...
 Não que eu não queira... na verdade estarei um bocadinho de férias...
Ha... Vou fazer uma viajem. Já está marcada.
Vou passear pelo Universo!!
Procurar um ponto zero a partir de 2010. Já comprei as passagens na primeira classe de um feixe de luz movido à energia suficiente para navegar em ondas.  O destino é uma  pequena constelação no hemisfério celestial norte: Lyra... Sua principal atração é uma estrela muito brilhante chamada Vega! Dizem que ela se move a uma velocidade fenomenal, mas sei que, meu meio de transporte me permitirá alcançá-la.

Depois, no caminho de volta, seguindo a indicação do meu amigo Daniel Rogero, assistirei a um incrível espetáculo: Um lindo balé dos satélites de Saturno. É bom, pra dar um ar cultural em meu passeio!
Estou ansiosa por aproveitar essa viajem.

Mas não se preocupe,
Juro que volto

Vou apenas viajar. 
Como dizem os desbravadores portugueses: "Navegar é preciso, viver não é preciso",

Por isso escolhi o Espaço Sideral como plano de férias. Para tal façanha, não é necessário viver, apenas viajar pois lá, o tempo não tem tempo e o espaço não conhece espaço algum, a existência apenas flui num eterno movimento com diz o sábio Carlos Aveline.
Quando retornar, conto novidades!! Um coisa garanto: a saudade vai me incomodar.
Então, não se arredie em me esperar... nosso papo valerá muito a pena quando eu voltar!!!



Um beijão a todos a até mais!!!



Marjory