“Todo conhecimento começa num sonho.O conhecimento nada mais é quea aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada.Mas sonhar é coisa que não ensina.Brota das profundezas da terra.Como mestre só posso então lhe dizer uma coisa:Conte-me seus sonhos para que sonhemos juntos”.
(Rubem Alves)

28.9.09

Água na Lua...

Cientistas da NASA encontraram água na superfície da Lua. Mas calma: quando eles dizem água, querem dizer moléculas.
Apesar de não se tratar dos rios, mares e lagos que normalmente a palavra “água” pode evocar na imaginação dos terráqueos, a descoberta é um grande passo para a melhor compreensão da Lua – e quem sabe sua futura exploração como base de lançamentos para outras regiões do Sistema Solar.
Instrumentos a bordo de três naves diferentes revelaram moléculas de água em quantidade bem maior do que o previsto – mas ainda assim, um volume bastante pequeno. Além de H2O, foram encontradas moléculas de hidroxila, compostas de um átomo de oxigênio e outro de hidrogênio.
O mais interessante é que as moléculas de água estão na superfície lunar, interagindo com a poeira e com as pedras. Elas foram encontradas em diversas áreas da região ensolarada da Lua, e sua presença era mais forte quanto maior a latitude.
Apesar da quantidade não ser conhecida com precisão, a NASA afirma que ela não deve ser muita. Para se ter uma ideia, se uma tonelada da camada superficial da Lua fosse recolhida, haveria nela menos de um litro de água.
A descoberta foi anunciada em coletiva de imprensa no dia 24 de setembro deste ano e publicada na revista Science. A confirmação de moléculas de água e de hidroxila a estas concentrações nos pólos lunares levanta novas questões sobre sua origem e seus efeitos - sem falar na importância simbólica do achado: apesar da presença de gelo no satélite natural da Terra já havia sido anunciada em 1998, encontrar água líquida na Lua é quase um Santo Graal para os astrônomos.

26.9.09

Telescópio Planck manda imagens do início do universo


O observatório Planck, enviado ao espaço para registrar as origens do universo, mandou de volta o primeiro relance do que uma vez foi o universo. Um mapa do céu em ondas de luz mostra uma faixa horizontal, proveniente da luz que brilha da Via Láctea.
O telescópio foi enviado ao espaço pela Agência Espacial Eropeia no início do ano para investigar a idade, progressos e evolução do cosmos. Estas primeiras imagens enviadas serão analisadas durante dois anos antes que se saiba o que elas nos dizem sobre o início do universo.
David Clements, da Universidade Imperial de Londres, na Inglaterra, afirma: “Esses primeiros resultados mostram que teremos resultados espetaculares e grandes descobertas sobre o nascimento do universo quando a pesquisa for completada”, diz o pesquisador.
O Telescópio Planck deve coletar durante 15 meses os dados que irão compor dois mapas completos do céu. Os resultados trazidos pelo telescópio devem manter astrofísicos e cosmologistas ocupados por algumas décadas, tentando compreender os mistérios do universo

24.9.09

Ouvir Estrelas

Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto
Que, para ouví-las,
muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto
E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,

Cintila.

E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido tem o que dizem,
quando estão contigo? "
E eu vos direi:

"Amai para entendê-las!"
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de
entender estrelas

Olavo Bilac
Quando olhamos para as estrelas, temos a impressão de que elas não mudam nunca, que estão sempre do mesmo jeito. Isso não é verdade; as estrelas "nascem" e "morrem", só que isso demora muito tempo (milhões ou bilhões de anos). Como vivemos pouco em relação à "vida" das estrelas, não conseguimos acompanhar suas mudanças. O Sol também é uma estrela e por isso vai morrer um dia.
No começo, o Sol era uma gigantesca nuvem de gás e poeira, maior que o sistema solar hoje. Essa nuvem foi se contraindo e se tornando mais densa, até se transformar em uma verdadeira estrela. Isso demorou cerca de 50 milhões de anos

A partir de então, o Sol entrou em uma fase bem tranquila, na qual ainda se encontra. O que mantém o Sol na tranqüilidade é a queima de um elemento que está em seu interior (núcleo), chamado hidrogênio. Como ela se iniciou há cerca de 4,5 bilhões de anos, o Sol ainda tem pela frente aproximadamente 6,5 bilhões de anos de tranqüilidade.
Seu tamanho e sua temperatura quase não mudam. Pouco varia também a quantidade de energia que elem emite para o espaço, o que chamamos "luminosidade" e se ela aumentar ou diminuir, mudanças catastróficas vão acontecer em nosso planeta.

Quando todo hidrogênio do núcleo for queimado, a produção de enrgia será interrompida e o núcleo não conseguirá suportar o peso das camadas mais externas e sofrerá um colapso, o que aumentará muito a sua temperatura. Então, a "fornalha" funcionará outra vez, queimando o hidrogênio que existe nas camadas próximas ao núcleo. Esse processo é tão violento que empurrará as camadas externas do Sol para fora, transformando-o em uma estrela gigante
Nessa fase, o Sol alcançará uma luminosidade 2 mil vezes maior que a atual e um diâmetro quase 200 vezes maior. Com um diâmetro tão grande, os planetas vão sofrer várias alterações. Por exemplo, Mercúrio, que é o planeta mais próximo do Sol será completamente engolido. Quanto aos planetas seguintes, Vênus e Terra, não temos certeza do que acontecerá.
No final da fase de gigante vermelha, o Sol ficará muito instável e perderá praticamente de uma vez só todas as suas camadas externas. Essas camadas vão expandir-se pelo espaço, na forma de um dos objetos mais bonitos que podemos observar: uma nebulosa planetária. A nebulosa será muito brilhante, porque será iluminada pela parte que restou do interior do Sol, que é muito quente.
No fim da vida de uma estrela diversas coisas podem acontecer, dependendo da sua quantidade de massa. Algumas sofrem perda de matéria através de pequenas explosões, que chamamos de Novas. Outras sofrem destruição completa, num evento de ordem galáctica que pode ser visto a distâncias enormes. São as Supernovas.

18.9.09



Descobrir evidências de vida em planetas rochosos fora do sistema solar. Esta é a missão do Projeto CoRoT do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES), da França, que conta com a participação da Agência Espacial Européia (ESA) e também do Brasil.
O telescópio espacial observará 120 mil estrelas dentro do disco da Via Lactea, procurando planetas em torno de estrelas semelhantes ao Sol com dois objetivos principais:

1. Descobrir novos planetas extrasolares a partir da detecção de trânsitos planetários;

2. Estudar a rotação e a convecção nas estrelas através da sismologia estelar.

O acrônimo CoRoT (pronuncia-se "corrô") vem justamente da fusão dessas três palavras:
COnveccão + ROtação + Trânsitos. Mas, também é homônimo de Jean-Baptiste Camille Corot (1796-1875), pintor parisiense que foi um dos grandes nomes da transição entre o classicismo e o impressionismo nas artes plásticas, um nome adequado para uma missão que pretende pintar um novo quadro na astronomia moderna.
Convecção e rotação, os dois primeiros termos do nome da sonda Corot, referem-se à sua capacidade de avaliar o interior das estrelas, estudando as ondas acústicas que se propagam em suas superfícies, uma técnica chamada astrosismologia. Já trânsito refere-se a uma técnica por meio da qual a presença de planetas ao redor de uma estrela pode ser inferida por tênues variações no brilho da estrela, que podem ser detectadas quando o planeta passa à sua frente.

PRIMEIRAS PROVAS DA EXISTÊNCIA DE UM PLANETA EXTRASOLAR ROCHOSO

Em Fevereiro de 2009, a descoberta, pelo satélite CoRoT, de um pequeno planeta extrasolar em torno de uma estrela vulgar denominada TYC 4799-1733-1, foi anunciada um ano após a sua detecção e vários meses de duras medições com muitos telescópios terrestres, incluíndo alguns do ESO. A estrela, agora conhecida como CoRoT-7, está localizada na direcção da constelação de Unicórnio a uma distância de aproximadamente 500 anos-luz. Ligeiramente mais pequena e fria que o nosso Sol, também se pensa que CoRoT-7 seja mais jovem, com uma idade estimada em cerca de 1,5 mil milhões de anos.
A cada 20,4 horas, o planeta eclipsa apenas uma pequena fracção (1/3000) da luz da estrela, durante pouco mais de uma hora. Este planeta, apelidado de CoRoT-7b, está a apenas 2,5 milhões de quilómetros da sua estrela-mãe, ou 23 vezes mais perto que Mercúrio está do Sol. Tem um raio aproximadamente 80% maior que o da Terra.

12.9.09

Oficina "Passeando pelo Sistema Solar"

Mostrar as dimensões do Sistema Solar, representando-o em escala reduzida e na mesma escala as distâncias médias dos Planetas em relação ao Sol para as crianças, é um desafio!!
O Sistema Solar aparece em vários livros didáticos através de figuras esquemáticas, onde é mostrado fora de uma escala definida, dificultando assim, sua compreensão. Esta forma de apresentação do Sistema Solar pode causar uma série de confusões na cabecinha dos alunos com relação ao tamanho dos Planetas. O mesmo ocorre com relação às distâncias ao Sol.
Porém, através de um divertida brincadeira é possível  mostrar-lhes o impossível.
A oficina "Passeando pelo Sistema Solar" tem por finalidade mostrar as dimensões do Sistema Solar de forma simples, com os diâmetros e as distâncias dos Planetas, numa mesma escala.

Oficina "Passeio pelo Sistema Solar"

11.9.09

Telescópio Hubble com "novo óculos"

Quase completando vinte aninhos , o telescópio Hubble ganhou "óculos novos" e mais modernos.
O objetivo é revelar alguns mistérios insondáveis do universo.
São 10 fotos do espaço, dominadas pela luz , nitidez e cor. Essas fotos são de galáxias muito distantes e de estrelas já mortas. Há , também, uma foto que é o cruzamento entre uma nuvem de poeira estrelar e gazes (chamada Borboleta Celestial ).
Veja o vídeo abaixo com estas novas imagens...

6.9.09

As Galáxias

Galáxia é o nome que se dá a uma coleção de massas solares (podem conter entre 100 mil e 3.000 bilhões de estrelas) e variados corpos celestes (sobretudo planetas), com matéria gasosa dispersa unidos por forças gravitacionais, girando em torno de um centro de massa comum animado por um movimento harmonioso
Elas se reúnem em grupos e supergrupos e possuem várias formas.
Ninguém sabe com precisão quantas galáxias existem no Universo, mas a nossa, a Via Láctea, é apenas uma entre milhares ou talvez milhões.
A Via Láctea é uma galáxia em espiral que se estende por 100 mil anos-luz de diâmetro.
Nosso sistema solar encontra-se num dos seus braços espirais denominado Braço de Órion


No meio de nossa e de muitas outras galáxias, há provavelmente um poderoso buraco negro com mais ou menos 600 mil massas solares. Isso é o que mantem a galáxia uniforme. Não somos sugados pelo buraco negro por causa da atração das espirais. As galáxias elípticas e em barra não tem espirais pois podem ter um buraco de massa muito mais poderoso.

Oficinas Legais do Projeto

As aulas de Astronomia do "Projeto Pequeno Astrônomo" são divertidas e cheias de novidades onde os alunos aprendem na prática a identificar os mistérios do céu.É uma maneira fácil de fazer a criança começar a assimilar sua importância como indivíduo no processo holístico do Universo. Participando das aulas e oficinas, criança tem capacidade para aprender as noções sobre estrelas e galáxias, astros e planetas, a ocorrência das estações do ano, a determinação dos pontos cardeais, o movimento do sol, as fases da lua e as marés e muito mais, já que os livros didáticos são pobres de experiências e conteúdos e todo esse conhecimento está muito mal colocado. Faz parte do Projeto os trabalhos em grupo onde uma das principais finalidades é desenvolver a interdisciplinaridade.

4.9.09

Lua e Júpiter no céu

Apesar de algumas nuvens a noite está linda!! O céu sorri. E já dava para ver a Lua Cheia em contraste com o manto negro. Ela não se sente só nessas primeiras noites de setembro. Ao lado dela, Júpiter, um ponto bem brilhante no céu. Magnífico namoro dos Astros. É fácil encontrar Júpiter por esses dias pois está visivelmente brilhante perto da Lua. Com o avanço dos dias ele se afasta dela indo em direção ao horizonte poente.
Galileu Galilei observou esses importantes astros com sua luneta há 400 anos. E por isso mesmo, em 2009, estamos comemorando o Ano Internacional da Astronomia.
Desejo céus limpos para os meus bons amigos observadores.

Poeminha
No escuro céu...
Milhões de estrelas.
A lua inteira.
E uma apenas...
Estrela só...
Aquela menor...
Chama atenção.
Pois ela pisca...
Solta faísca...
Para um outro sol...
Ao seu redor.
É o namoro...
Paixão no espaço...
Amor complexo...
No Sideral.

Livros interessantes... também legais!!

Conheça a história de Galileu Galilei, o homem que observou as estrelas e os planetas, pela voz de uma estrelinha brilhante por ele observada.


História infantil sobre a amizade de uma girafa, que andava sempre com a cabeça nas nuvens, e uma galinha do mato, com a cabeça cheia de frases feitas.


Radicais, os pais de George não o deixam ter acesso à tecnologia. Mas junto com a amiga Annie e um supercomputador, eles farão uma viagem de aventura e aprendizado pelo espaço sideral.


Nesta aventura astronômica, o cotidiano da menina Selene é alterado quando ela encontra uma pedra na rua que, acredita, deve ter caído da Lua. Apaixonada pelo nosso satélite natural e intrigada com a descoberta, a menina começa a tecer hipóteses de onde a pedra teria vindo e inicia uma curiosa e divertida pesquisa