“Todo conhecimento começa num sonho.O conhecimento nada mais é quea aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada.Mas sonhar é coisa que não ensina.Brota das profundezas da terra.Como mestre só posso então lhe dizer uma coisa:Conte-me seus sonhos para que sonhemos juntos”.
(Rubem Alves)

30.12.14

A vida vem em ondas como um... EFEITO DOPPLER!

Como já poetizava nosso querido Lulu Santos: "A vida vem em ondas, com um mar...  como uma onda no mar"  É isso aí! Tudo que existe está mergulhado em ondas eletromagnéticas. Elas nos cercam constantemente através de estações de rádio, TV, sistema de telecomunicações à base de microondas, lâmpadas artificiais, corpos aquecidos, raiios solares e muito mais. Para conhecer mais sobre os efeitos ondulatórios clique AQUI
Elas são muito importantes e vários cientistas já as estudaram. Em 1864, o físico escocês, James Clerk Maxwell provou teoricamente a existência delas e em 1887 Henrich Hertz comprovou através de um experimento científico. Seu trabalho foi homenageado colocando-se o nome "Hertz" para unidade de freqüência.
Observe este quadro de frequência de ondas:
As ondas eletromagnéticas são na verdade, ondas de energia e as únicas que são visíveis para nós seres humanos, possuem uma faixa estreita de freqüências que se estende aproximadamente de 1014Hz (vermelho), a 7,5. 1014Hz (violeta).
Esta faixa possui as sete cores fundamentais que podemos relacioná-las em ordem de freqüência crescentes, como: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Todas as outras ondas não nos são visíveis a não ser com o auxílio de aparelhos específicos para isso. Um exemplo de onda visível para nós é a Luz.
O matemático austríaco Christian Johann Doppler também curtia muito esse negócio de pegar umas ondas e achou que era uma ótima idéia observar o comprimento das ondas sonoras (sim, o som também é emitido em ondas). Para saber mais sobre as ondas sonoras clique AQUI
Veja o que Doppler constatou sobre as ondas sonoras:

Vamos fazer de conta, que você e seus amigos estão próximos à um carro de bombeiros parado, com as sirenes ligadas. O som emitido vai chegar até vocês  de maneira igual. Ou seja, todos vocês irão ouvir o mesmo som vindo da sirene. Olha o pontinho abaixo emitindo as ondas de som:




Mas se o carro de bombeiro sai acelerado do seu ponto de partida ainda com a sirene ligada, o som torna-se mais agudo para quem está adiante do carro e torna-se mais grave quando o carro se afasta. Ou seja: você e seus amigos ouvirão o som de maneira diferente, dependendo de onde estiverem em relação ao carro. O som está mais alto para quem está atrás do carro e mais baixo para quem está à frente.
Veja, as ondas ficam remontadas na frente do carro e espaçadas atrás.



Agora vammos imaginar um avião viajando na velocidade do som, As ondas se concentrarão no nariz da aeronave, em um mesmo ponto, formando uma barreira de pressão que pode inclusive destruir o avião. Aí, um ouvinte na frente não ouve nada e o que está atrás ouvirá um som baixo

Aí esse avião supersônico ultrapassa a barreira do som e as ondas ficam para trás. Ninguém ouve mais nada, a não ser os barulhos produzidos no interior do avião. Mas você, parado perceberá um forte estrondo no exato momento em que o avião ultrapassar essa barreira de pressão, concentrada no nariz da aeronave. O som fica pra trás. Essa manobra é proibida próximo a cidades e edifícios, já que provoca uma forte onda de choque capaz de quebrar vidraças e causar pequenos danos estruturais às construções.
Johann Christian Andreas Doppler era um espertinho admirador de ondas e por isso, esses fenômenos tem esse nome: "O EFEITO DOPPLER"
Agora, o mais interessante de tudo isso, é que graças ao efeito Doppler, os cientistas conseguem detectar exoplanetas: aqueles planetas que estão em outro sistema solar, girando ao redor de um outro sol, em uma outra galáxia, com (quem sabe) outros seres...
Onde mais o efeito Doppler é importante?
- Existem radares meteorológicos que se baseiam no Efeito Doppler para realizar a previsão do tempo através da medição de ondas eletromagnéticas;
- Os astrônomos se baseiam nesse fenômeno para, depois de observar o desvio na frequência da luz, descobrir novos planetas e estrelas binárias, e até medir a velocidade de outros corpos celestes no cosmos;
- Os ecocardiogramas combinam o ultrassom e o Efeito Doppler para permitir que os cardiologistas possam visualizar estruturas do coração.

E pra ficar mais legal esse papo de onda, observe estas ferramentas sobre os efeito Doppler pra você brincar e aprender mais!
Clique na simagens para acessar a ferramenta:
Fonte: Foram muitas fontes!


Agora acesse a animação para ver a representação do Efeito Doppler 

25.12.14

Surpresas e estranhezas estranhas de Marte


O planeta Marte tem aquela insistente mania de nos surpreender (como todo Universo)...


Com sua fina atmosfera dominada por dióxido de carbono é o quarto planeta rochoso a partir do Sol (nosso vizinho, pois somos o terceiro), o segundo menor do Sistema Solar (troféu small para Mercúrio), batizado em homenagem ao deus romano da guerra e apelidado de "Planeta Vermelho" (ele é vermelho mesmo!!) devido ao óxido de ferro predominante em sua superfície.
Sua superfície é composta de crateras de impacto, vulcões, vales, desertos e calotas polares, tem a temperatura média na superfície de -55 ºC que varia de -120 ºC a 25 ºC. Possui 2 luas e tem sua rotação de 24 horas e 37 minutos sendo a translação de 686,98 dia. Por ser tão parecido com a Terra é um iminente candidato à colonização humana.
Marte é o lar do Monte Olimpo, a segunda montanha mais alta conhecida no Sistema Solar (a mais alta em um planeta), 
e do Valles Marineris, um desfiladeiro gigantesco, do tamanho dos Estados Unidos:

ÁGUA EM MARTE

Em Agosto de 2008 foi divulgado através da Agência Espacial Européia, imagens do Echus Chasma, região de Marte que seria uma das maiores fontes d’água do planeta. Ele possui aproximadamente 100 km de comprimento e 10 km de largura trata-se de uma fenda a norte de Valles Marineris. As imagens foram captadas pela câmera de alta resolução da sonda Mars Express.
Créditos e direitos autorais : G. Neukum (FU Berlin) et al., Mars Express, DLR, ESA

A Agencia Espacial Européia divulgou imagens de Echus Chasma, uma depressão no Planeta Vermelho que seria uma das maiores fontes de água do planeta.


ROSQUINHA EM MARTE

E para continuar a odisséia de surpresas Marcianas, a Nasa leva um susto ao constatar essa estarrecedora imagem onde em um curto espaço de tempo entre os registros feitos pelo Opportunity, uma rocha do tamanho de um biscoito aparece na frente de robô em Marte
 
O líder da missão, Steve Squyres, comentou que o achado foi uma "completa surpresa" para toda a equipe. Eles conseguem explicar o surgimente apenas com duas alternativas: detritos de um meteorito que tenha caído nas proximidades do robô naquele intervalo de tempo, ou então que uma das rodas  do Opportunity, que fez algumas manobras no local, tenha atirado a pedra para a área logo à sua frente. 


BOLA DE TÊNIS EM MARTE
A imagem acima retrata uma esfera rochosa em seu canto superior direito. Estima-se que ela tenha cerca de 1cm de raio. Olhando rapidamente, a 'bola' é tão perfeita que até parece uma bolinha de tênis. Cientistas acreditam que se trate simplesmente de uma pedra com um formato inusitado. Mas o que explica o formato da pedra? Um fenômeno chamado "concreção": um acúmulo de material rochoso transportado por líquidos que é considerado responsável pela forma diferente de outras rochas encontradas em Marte. A água arrasta a rocha que vai se desgastando, criando formas de acordo com o fluxo do líquido. Afinal, vale lembrar, há milhões de anos, o planeta era mais úmido - e, quando encontrou a esfera, a Curiosity estava em uma região que, provavelmente, era um antigo lago.

CRUZ EM MARTE

Em uma das fotos transferidas em maio/2014 pelo rover Curiosity, os pesquisadores das civilizações extraterrestres descobriram um objeto parecido com uma cruz de madeira.

LUZ EM MARTE

A luz de Marte é algo diferente, já que não é um produto da imaginação. No entanto, as chances são muito pequenas de que a luz seja um sinal de vida em Marte, dizem os pesquisadores, especialmente porque o flash não é visível em imagens do mesmo local tomadas do lado esquerdo.
Outros cientistas sugeriram que o flash pode ser resultado de um raio cósmico em movimento rápido atingindo a navcam do lado direito. Tudo isso não quer dizer que a vida nunca existiu em Marte, é claro.
Fonte: Correio do PovoGalileo, UOL, Ciência Online
E pra sonhar um pouco... estamos esperando o grande momento em que o Homem colocará seus pezinhos em Marte

E olha o amigo que nos Mostra Marte:

A Estrela de Belém segundo a teologia




O que teria sido a misteriosa estrela que surgiu nos céus, guiando os Reis Magos até Belém?

Nas Sagradas Escrituras vemos Deus muitas vezes comunicar-se aos homens por meio de sinas na natureza: a brisa da tarde no Paraíso, o arco-íris após o dilúvio, a sarça ardente, a diáfana nuvem de Santo Elias etc. E em seu próprio nascimento, Ele quis usar de um sinal no céu: a Estrela de Belém. Esse fato nos é narrado apenas por um dos evangelistas: São Mateus.

Na verdade, naquela época acreditava-se que o nascimento de pessoas Na verdade, naquela época acreditava- se que o nascimento de pessoas importantes estava relacionado com certos movimentos dos astros celestes.

Assim, dizia-se que Alexandre o Grande, Júlio César, Augusto e até filósofos como Platão tiveram a sua estrela, aparecida no céu quando eles vieram ao mundo. Muito se tem comentado a respeito da estrela surgida aos três Reis Magos , guiando-os até o local bendito em que o Salvador haveria de nascer.
E não faltaram homens de ciência tentando encontrar uma explicação natural para esse evento sobrenatural, centro da história humana. Não temos a pretensão de fazer um compêndio científico a respeito, mas não deixa de ter certo interesse conhecer, ainda que de modo sumário, as principais tentativas de solucionar esse enigma. Uma das primeiras teorias levantadas era que esse astro teria sido o planeta Vênus. Pois a cada 19 meses, pouco antes do nascer do Sol, ele aparece dez vezes mais claro que a mais brilhante das estrelas: a Sírius.
Mas esse já era, então, um fenômeno assaz conhecido pelos povos do oriente e, portanto, para os Reis Magos nada teria de extraordinário.

Outra hipótese foi levantada por um astrônomo reconhecido nos meios científicos do século XVI: Johannes Kepler. Tentou ele demonstrar com seus longos estudos, que esse astro não era apenas um, mas a conjunção de dois planetas: Júpiter e Saturno. Quando eles se sobrepõem, somam-se os respectivos brilhos. Um fenômeno desses foi por ele observado em 1604 e podia produzir um efeito semelhante ao que nos conta a Bíblia. A partir daí, Kepler defendeu sua teoria.

Mas existem três problemas ao fazer essa afirmação: primeiro, essa conjunção dura apenas algumas horas, e a estrela que apareceu para os Reis Magos foi visível por eles durante semanas; segundo, Júpiter e Saturno nunca se fundem completamente numa única estrela. Mesmo a olho nu, seriam sempre visíveis dois corpos; terceiro, ao menos que a data do nascimento do Menino Jesus esteja muito mal calculada, tal conjunção só poderia ter lugar três anos depois.
Conjunção da Lua, Júpiter e Vênus em fevereiro de 2012.
Foto de Stefano De Rosa.

Há quem diga que a estrela foi, na verdade, um meteoro especialmente brilhante. Mas um meteoro só pode durar alguns segundos e seria muito forçado crermos que esses poucos segundos de visibilidade bastariam para guiar os reis magos numa viagem através de quilômetros em um deserto inabitável, e que ao chegarem em Belém, apareceu um outro meteoro semelhante, indicando o local exato onde estava o Menino-Deus.

Orígenes, Padre da Igreja nascido em Alexandria, Egito, chegou a acreditar ser a Estrela de Belém um cometa. Pois alguns cometas chegam a ser centenas de vezes maiores que a Terra, e sua luz pode dominar o firmamento durante semanas.

Além disso, alguns sustentam que São Mateus teria ficado tão impressionado com o cometa Halley, visto nos céus em 66 d.C. ou pelo testemunho dos mais antigos cristãos que o tinham visto em 12 a.C., que o incluiu na história. Outros afirmam ter sido o próprio Halley, a Estrela de Belém.
Mas devemos reconhecer que as duas datas citadas estão muito afastadas do nascimento de Jesus, para serem unidas a ele. E segundo os dados catalogados, não há menção de nenhum outro cometa que tenha sido visto a olho nu entre os anos 7 a.C e 1 d.C., período no qual se aceita ter nascido o Messias. Além disso, é corrente serem os cometas na Antigüidade anunciadores de desgraças e não de bênçãos. Uma última hipótese dita científica é a que tenha sido uma "Nova".
Existem certas estrelas que explodem de tal forma que sua luz aumenta centenas de vezes em poucas horas. São as chamadas "Novas", ou "Supernovas", dependendo da intensidade da explosão. Calcula-se que a cada mil anos, aproximadamente, uma estrela se transforme em "Supernova", sendo este fenômeno visível durante vários meses, até mesmo durante o dia.
Mas já não se crê nessa hipótese, pois tais explosões, devido à sua magnitude mesmo depois de séculos deixam traços inconfundíveis no espaço, como manchas estelares etc. Entretanto, até hoje não se descobriu nenhum indício de tal fenômeno ocorrido nesse período histórico.

Embora várias tentativas de explicação científica não tenham dado respostas plenamente satisfatórias ao mistério da Estrela de Belém, isso em nada diminui o mérito dos esforçados estudiosos que com reta intenção buscam desvendar os enigmas da natureza. Mas deixando essas hipóteses de lado por um momento, voltemos nossos olhos à outro aspecto da questão: o campo teológico, onde se considera que essa estrela era a realização da profecia do Antigo Testamento: "Uma estrela avança de Jacó, um cetro se levanta de Israel" (Num 24,17). 
Alguns teólogos defendem que São Mateus fez uma interpretação das tradições da época, referindo-se ao astro não como uma estrela no sentido literal, mas como símbolo do nascimento de um personagem importante. Mas São Tomás, o Doutor Angélico, já havia pensado nisso em sua época e resolveu a questão na Suma Teológica (III, q. 36, a.7), usando cinco argumentos tirados de São João Crisóstomo:

1º. Esta estrela seguiu um caminho de norte ao sul, o que não é comum ao geral das estrelas.

2º. Ela aparecia não só de noite, mas também durante o dia.

3º. Algumas vezes ela aparecia e outras vezes se ocultava.

4º. Não tinha um movimento contínuo: andava quando era preciso que os magos caminhassem, e se detinha quando eles deviam se deter, como a coluna de nuvens no deserto.

5º. A estrela mostrou o parto da Virgem não só permanecendo no alto, mas também descendo, pois não podia indicar claramente a casa se não estivesse próxima da terra.
 De qualquer forma, temos a certeza de que essa estrela continua a brilhar não só no alto das árvores de Natal, mas principalmente na alma de cada cristão ao comemorar a Luz nascida em Belém para iluminar os caminhos da humanidade. 

Fonte: Revista Arautos do Evangelho, Dez/2007, n. 72, p. 36-37